Todosconectados-com - Por Rogério Araújo - Rofa

Todosconectados-com - Por Rogério Araújo - Rofa
#Todosconectados.com
Rogério Araújo (Rofa) *
 
Hoje em dia o mundo anda cada vez mais conectado do que nunca. A maioria das pessoas não consegue ficar um minuto sequer off-line.
Basta chegar num local público onde todos aguardam serem chamados para algo como um médico, dentista ou algo assim que podemos ver o quanto todos ficam “ligados” com seu smartphone na mão e conversando via chat com alguém, seja pelo WhastApp – a maior febre do momento ou mesmo o Facebook, a rede social de maior sucesso já um bom tempo.
Segundo uma recente pesquisa da Universidade La Salle, nos Estados Unidos, esse “vício de excesso de conexão” já afeta 50 milhões de pessoas em todo o mundo e, somente no Brasil, a 4,5 milhões.
Considerada por médicos e especialistas uma dependência tão crônica quanto à de substâncias como álcool e cocaína, esse “transtorno” já é reconhecido pela Associação Americana de Psicólogos como Internet AddictionDisorder (Transtorno do Vício de Internet).
Segundo um artigo sobre esse tema da jornalista Rosana Faria de Freitas, do site Uol, a cientista Kimberly Young, da Universidade São Boaventura, nos Estados Unidos, e diretora do Centro de Recuperação de Dependentes de Internet, confirmou que os sintomas são semelhantes aos de muitos outros vícios: o indivíduo muda sua rotina, negligencia as relações familiares e sociais e perde prazos no trabalho, porque sua vida passa a ser controlada pelo computador e afins. Quando o quadro se torna crítico e patológico, é preciso recorrer à ajuda psicoterapeuta.
E o curioso dessa história que é nem os próprios médicos escapam desse “vício”, pois eu mesmo pude comprovar isso numa consulta com meu médico e mais de uma vez. Além de ouvir falar de uma paciente que perguntava algo sobre sua saúde ao médico do setor público e ele não respondia porque enviava respostas no seu WhastApp...
De acordo com artigo publicado este ano na revista científica americana PLoS ONE, o hábito pode trazer riscos à saúde física e mental: avaliação feita com usuários assíduos mostrou que o vício está associado a alterações de humor, risco de depressão e sinais de abstinência, além de fazer com que o sujeito apresente traços de autismo. Entre os sintomas físicos, destacam-se taquicardia, sudorese, secura da boca e tremedeiras.
Além disso, ao longo prazo, há comprometimento da postura, lesões por esforço repetitivo (como tendinite), obesidade ou subnutrição (por causa da má alimentação) e deformidade da visão. Tudo pela “conexão impulsiva”.
"A internet se tornou uma ferramenta poderosa para encurtar distâncias, agilizar procedimentos e facilitar a vida de maneira geral. O problema é que foram surgindo outras dinâmicas, como sites de relacionamento, redes sociais e jogos, produzindo um fenômeno que tem alterado a rotina e a realidade das pessoas", analisa a psicanalista e neurocientista Nanci Azevedo Cavaco, sócia fundadora da Academia do Cérebro.
Na verdade, todo excesso tende a ser negativo e o maior perigo do “internauta obsessivo” é se desprender do mundo real para viver num universo paralelo, afastando-se das relações sociais de verdade, num processo de fuga psicológica. Ele perde a habilidade pessoal – percepção, tato, paciência e tolerância para lidar com o outro –, para de ler, tem seu raciocínio crítico minimizado e comumente adia tarefas e compromissos, gerando prejuízos em todas as esferas – familiar, social, acadêmica, profissional.
Tudo pode ser bom, mas ruim também. Basta que a pessoa saiba usar e dosar, para não abusar e depois sofrer. 
Que ninguém vive sem a tecnologia isso é público e notório. Mas o exagero causa problemas sérios físicos, mentais e emocionais. E isso começa aos poucos e vai crescendo e cada vez piorando mais. É preciso muito cuidado para não deixar chegar ao ponto do pior.
Finalizando com as palavras da psicanalista e neurocientista Nanci Azevedo Cavaco faz um alerta: "Compreenda que a internet pode aproximar quem está longe, mas distancia quem está perto".
E se tudo continuar assim será um tal de sem parar: #Todosconectados.com 
Voltaremos a esse tema nas próximas colunas...
 
Um forte abraço do Rofa!

#Todosconectados.com

Rogério Araújo (Rofa) *

 

Hoje em dia o mundo anda cada vez mais conectado do que nunca. A maioria das pessoas não consegue ficar um minuto sequer off-line.

Basta chegar num local público onde todos aguardam serem chamados para algo como um médico, dentista ou algo assim que podemos ver o quanto todos ficam “ligados” com seu smartphone na mão e conversando via chat com alguém, seja pelo WhastApp – a maior febre do momento ou mesmo o Facebook, a rede social de maior sucesso já um bom tempo.

Segundo uma recente pesquisa da Universidade La Salle, nos Estados Unidos, esse “vício de excesso de conexão” já afeta 50 milhões de pessoas em todo o mundo e, somente no Brasil, a 4,5 milhões.

Considerada por médicos e especialistas uma dependência tão crônica quanto à de substâncias como álcool e cocaína, esse “transtorno” já é reconhecido pela Associação Americana de Psicólogos como Internet AddictionDisorder (Transtorno do Vício de Internet).

Segundo um artigo sobre esse tema da jornalista Rosana Faria de Freitas, do site Uol, a cientista Kimberly Young, da Universidade São Boaventura, nos Estados Unidos, e diretora do Centro de Recuperação de Dependentes de Internet, confirmou que os sintomas são semelhantes aos de muitos outros vícios: o indivíduo muda sua rotina, negligencia as relações familiares e sociais e perde prazos no trabalho, porque sua vida passa a ser controlada pelo computador e afins. Quando o quadro se torna crítico e patológico, é preciso recorrer à ajuda psicoterapeuta.

E o curioso dessa história que é nem os próprios médicos escapam desse “vício”, pois eu mesmo pude comprovar isso numa consulta com meu médico e mais de uma vez. Além de ouvir falar de uma paciente que perguntava algo sobre sua saúde ao médico do setor público e ele não respondia porque enviava respostas no seu WhastApp...

De acordo com artigo publicado este ano na revista científica americana PLoS ONE, o hábito pode trazer riscos à saúde física e mental: avaliação feita com usuários assíduos mostrou que o vício está associado a alterações de humor, risco de depressão e sinais de abstinência, além de fazer com que o sujeito apresente traços de autismo. Entre os sintomas físicos, destacam-se taquicardia, sudorese, secura da boca e tremedeiras.

Além disso, ao longo prazo, há comprometimento da postura, lesões por esforço repetitivo (como tendinite), obesidade ou subnutrição (por causa da má alimentação) e deformidade da visão. Tudo pela “conexão impulsiva”.

"A internet se tornou uma ferramenta poderosa para encurtar distâncias, agilizar procedimentos e facilitar a vida de maneira geral. O problema é que foram surgindo outras dinâmicas, como sites de relacionamento, redes sociais e jogos, produzindo um fenômeno que tem alterado a rotina e a realidade das pessoas", analisa a psicanalista e neurocientista Nanci Azevedo Cavaco, sócia fundadora da Academia do Cérebro.

Na verdade, todo excesso tende a ser negativo e o maior perigo do “internauta obsessivo” é se desprender do mundo real para viver num universo paralelo, afastando-se das relações sociais de verdade, num processo de fuga psicológica. Ele perde a habilidade pessoal – percepção, tato, paciência e tolerância para lidar com o outro –, para de ler, tem seu raciocínio crítico minimizado e comumente adia tarefas e compromissos, gerando prejuízos em todas as esferas – familiar, social, acadêmica, profissional.

Tudo pode ser bom, mas ruim também. Basta que a pessoa saiba usar e dosar, para não abusar e depois sofrer. 

Que ninguém vive sem a tecnologia isso é público e notório. Mas o exagero causa problemas sérios físicos, mentais e emocionais. E isso começa aos poucos e vai crescendo e cada vez piorando mais. É preciso muito cuidado para não deixar chegar ao ponto do pior.

Finalizando com as palavras da psicanalista e neurocientista Nanci Azevedo Cavaco faz um alerta: "Compreenda que a internet pode aproximar quem está longe, mas distancia quem está perto".

E se tudo continuar assim será um tal de sem parar: #Todosconectados.com 

Voltaremos a esse tema nas próximas colunas...

 

Um forte abraço do Rofa!

 

 

 

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